A história da Deusa hindu Saraswati (ou Sarasvati) não apresenta muitos detalhes à respeito de sua origem.
Contudo sabemos da existência do extinto rio Sarasvati na Índia. A Deusa é a personificação deste rio. O povo local cultuava Saraswati e seu poder de criar a vida por onde passava. A mesma habilidade do rio de fluir e criar seu próprio caminho é visto nos atributos da Deusa. Saraswati é a Deusa que deixa o conhecimento divino fluir, sem barreiras. Ela também é cultuada como Deusa das artes, da criação, do conhecimento e da música.
As pinturas e estátuas de Saraswati contém diversos significados simbólicos. Saraswati geralmente é representada com quatro braços sentada sobre uma flor de lótus branca com um cisne e um pavão. Em uma de suas mãos a Deusa segura escrituras sagradas, enquanto em outra segura um rosário, símbolo de concentração e meditação. As outras duas mãos ela usa para tocar seu instrumento, o Veena, e deixar a música fluir e estabelecer a harmonia.
O cisne que carrega a Deusa representa a habilidade entre distinguir a diferença entre o certo e o errado e a capacidade de espalhar o conhecimento com responsabilidade. O pavão, por sua vez, deseja estar no lugar do cisne, porém, como ele possui a tendência de se exibir e mostrar superioridade, ele ainda não está apto a atingir o estado de consciência necessário para poder carregar a Deusa. O Lótus branco representa o conhecimento supremo.
A Deusa Saraswati está ligada a toda a manifestação de conhecimento e arte que possui fluidez. Todo o conhecimento deve seguir seu caminho, assim como o rio, e inundar outros seres com sua sabedoria. Seja através de inscrições, de pinturas ou da música, o importante é sempre deixar o conhecimento livre.